terça-feira, 3 de novembro de 2009

Feira de Santana pode ser referência em transplante de órgãos

Os funcionários do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, estão recebendo treinamentos e o hospital poderá realizar transplantes ainda este ano.

Durante entrevista ao repórter Paulo José no programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira de Santana, o coordenador estadual de transplantes Eraldo Moura informou que Feira de Santana possui várias características para a implantação do sistema de transplantes nas cidades do interior da Bahia. Além de Feira de Santana, o sistema trabalha também com Vitória da Conquista, Ilhéus, Juazeiro, Barreira e Itabuna.

Ele explicou que o fato da cidade ter mais de meio milhão de habitantes, um alto grau de organização, vários cursos universitários na área de saúde e hospitais de referência no Estado como o Hospital Geral Clériston Andrade e futuramente o Hospital da criança faz de Feira de Santana uma cidade que pode ser tornar referência no Estado em transplantes de órgão. Sendo assim, Feira de Santana ajudará a sustentar o sistema não apenas com a captação de órgão, mas também com a realização de transplantes.

Atualmente Feira de Santana tem 700 pacientes renais. 276 pessoas aguardam na fila por um transplante . Na Bahia, o número de transplantes de órgãos está bem abaixo dos Estados do Sul e até mesmo do Nordeste. Segundo o Ministério da Saúde, foram realizados no Estado um total de 85 transplantes de órgãos no período de janeiro a julho deste ano.

No ano passado Feira de Santana fez apenas seis transplantes de órgão. De acordo com Eraldo Moura o transplante é feito a partir da permissão da família que perdeu um ente com morte encefálica. O coordenador ressaltou que é muito importante que as pessoas comuniquem aos seus familiares que quer ser um doador de órgãos e a mídia tem um papel fundamental na conscientização das pessoas no que se diz respeito a doação de órgãos.

Neste ano, até agora não foi feito nenhum transplante em Feira de Santana, mesmo possuindo sete casos de morte encefálica registrados devido a falta de autorização da família, conforme informações da coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgão e Tecido para Transplante (CIHDOTT), Fernanda Cláudia Silva Santos.


Andréa Trindade


Fonte: Acorda Cidade

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